top of page

Resolução de problemas

Hoje o tema é: resolução de conflitos. Este tema aparece em absolutamente todos os contextos, familiar, amigos, amoroso, trabalho ou mesmo em situações de dia-a-dia. Eu não venho inventar a roda hoje, mas venho dissertar um problema que na teoria é relativamente simples, mas na prática e “em direto” não é tão fácil.


Vamos imaginar a seguinte situação: A Inês, está zangada com o Francisco porque ele não lhe respondeu à sua mensagem a tarde toda. Quando ele responde, a Inês está muito chateada e grita com o Francisco, que não entende o que fez de mal.


Quando entramos em conflito há uma grande tendência para agimos sobre a emoção sem nos darmos tempo para processar o que ela nos está a dizer. Dessa forma, não conseguimos expressar o que nos faltou de maneira que a outra pessoa nos entenda. Estamos a agir sobre a emoção motivada por tendências antigas... às vezes castigar o outro por nos maltratar, rejeitar o outro antes que o contrário aconteça, ou por outro lado gritamos para que sejamos ouvidos. Tudo isto são maneiras que aprendemos para nos preservarmos, que muitas vezes na nossa vida adulta está a proporcionar o oposto daquilo que queremos.


E assim que começam discussões em que cada um age sobre as suas emoções, atacando e contra-atacando com “tu fizeste xpto” e responde-se “sim mas tu etc”. Torna-se uma competição de quem tem mais razão em vez de um diálogo construtivo em que ambos chegam a um negócio para ambas as necessidades estarem satisfeitas na medida do razoável.

Apliquemos os passos da estratégia:

1. Definir o problema: Pode ser diferente para cada envolvido. A Inês está zangada porque o Francisco demorou muitas horas a responder à mensagem. O Francisco ficou zangado porque a Inês gritou com ele.

2. De onde vem? Neste passo, muitas pessoas achariam que seria um “desculpar-se com a atitude do outro”. Na verdade, é uma forma de explicar de onde vem esta reação emocional, e criar compaixão entre o casal. A Inês é filha de pais divorciados, pelo que cresceu com o pai a gritar com a mãe quando estava zangado. Para o Francisco que cresceu numa família com uma forma de lidar com problemas bastante assertiva, nunca ouviu gritos em casa e por isso acha desnecessário.

3. Qual o objetivo: Esta é a parte crucial da resolução de conflitos – qual é o objetivo desta interação? É castigar o outro? É ver quem tem razão? Ou é reparar a rutura, negociarem uma maneira com que ambos se sintam confortáveis, para evitar proporcionar a mesma situação inicial que criou o conflito? Se ambos estiverem de acordo com a resolução, então o próximo passo

4. Criar soluções: Será mais fácil de concretizar. Ambos negoceiam uma forma da Inês não sentir que está a ser rejeitada pelo Francisco, e ele poderá atender à necessidade de maior contacto.

5. Escolhem então uma solução: Em conjunto

6. Põem em prática, e abrem espaço para fazer o teste. Caso não resulte, voltar a gerar mais soluções


O ponto fulcral deste vídeo é que nunca nos esqueçamos de qual é o nosso objetivo quando entramos em conflito com o nosso parceiro. Nós queremos criar união, e menos rutura. Todos temos a nossa perspetiva dos acontecimentos, todos temos o nosso direito a sentir o que sentimos. Se tivermos compaixão um pelo outro e nos esquecermos do objetivo, o resultado será sempre mais companheirismo.

 
 
 

Comments


Commenting on this post isn't available anymore. Contact the site owner for more info.
  • Preto Ícone Instagram
  • linkedin
  • facebook
  • logo-doctoralia-turquoise-rgb_edited
bottom of page