Como tua psicoterapeuta eu serei…
- Sara Neves
- 10 de mar. de 2021
- 2 min de leitura
Como psicóloga, tenho de estar munida de várias ferramentas para proporcionar o melhor trabalho psicológico possível: ser empática (capacidade de me colocar no lugar e de compreender a experiência do outro à luz da sua perspetiva, crenças e valores, e não da minha); transmitir respeito e tolerância, segurança e conhecimento. O cliente tem de sentir isto, para que possa partilhar as suas angústias, traumas ou partes defeituosas. Esta é a base da aliança terapêutica, e vou esforçar-me sempre para a manter transparente.
A teoria Internal Family Systems (Scharwartz, 2013), postula que certas qualidades são inatas ao self, e necessárias para viver autenticamente e autonomamente. Inspirada nessas características, eu fomento-as no meu cliente, e faço-o emanando-as eu própria. Vou prezar pela curiosidade, compaixão, calma, clarividência, criatividade, coragem, confiança e conetividade. E além disto, vou ser presente, persistente, paciente, e proporcionar perspetiva.
A psicoterapia de forma geral faz-te sentir melhor. Mas a longo prazo, pode ser uma viagem atribulada, pois algumas tarefas são naturalmente dolorosas: lembrares-te de memórias e experiências traumáticas ou olhar e reconhecer tendências tóxicas. Eu vou sempre manter as tuas expectativas realistas, vou estar contigo na dor e vou motivar-te a continuares curios@ sobre o teu mundo interno.
Ainda que prefira que seja o cliente a decidir o tema a trabalhar em sessão, não sou uma terapeuta passiva: vou fazer perguntas, pedir detalhes, ajudar a encontrar palavras para descrever a tua experiência emocional, e fazer ligações entre coisas que disseste em diferentes momentos da sessão. Em alguns momentos vou desafiar a forma como vês a vida, ou a resistência em tentar coisas novas, e vou dar-te feedback sobre o que estás a dizer e o que estamos a fazer.
Não te vou dar conselhos: eu não digo aos meus clientes o que devem fazer e não tomo decisões por eles! Eu promovo que os meus clientes tomem decisões sobre a sua vida, deliberadas e alicerçadas nos seus valores e objetivos, fomentando a sua autonomia e maturidade.
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